terça-feira, 22 de outubro de 2024
Quixeramobiense ou Quixeramobinense: existe forma correta do gentílico?
quarta-feira, 9 de outubro de 2024
Do cometa ao relógio
Por Eduardo Coutinho
É difícil definir o que é o tempo. Vivemos eternamente no presente, criando o passado e esperando o futuro. Essa é a maneira mais intuitiva de descrevê-lo. Durante toda a história da humanidade, religião, filosofia e ciência tentaram elaborar um conceito preciso para ele e até hoje, se alguém pedir para que se diga em palavras o que é o tempo, uma dificuldade imensa se apresentará.
Às vezes, quando a linguagem falha, podemos recorrer às sensações, porque, na experiência, muito do que é percebido concerne ao indefinível. E o tempo para mim é assim, mais sentido do que dito. Quando leio uma notícia de um fato ocorrido há décadas, de certa forma me conecto com aquela época. Imaginando-a agora, ela passa a existir novamente.
quarta-feira, 4 de setembro de 2024
Guardião de memórias: Eduardo Coutinho fala do livro de estreia e da paixão por antiguidades
Eduardo Coutinho é um
servidor público apaixonado por antiguidades e pelas artes. Colecionador de
fotografias e objetos raros que contam sobre o Quixeramobim do passado, escritor
sensível e de aguçado senso descritivo, artista plástico disciplinado, interessado
em filosofia... a lista de atividades a que se dedica é longa. “Inquieto”
talvez seja um bom adjetivo para esse jovem desbravador. E dessa inquietude tem
resultado uma vasta produção nos últimos anos, incluindo a criação, em 2020, do
Instituto Quixeramobim Histórico, projeto que toca ao lado da mãe, a professora
de artes Ludmila do Rêgo, que conta com um acervo sem-número de fotografias e
outros objetos de valor histórico. A ideia deu tão certo que o Quixeramobim
Histórico acabou virando a principal referência quando se fala em museu digital
na região, tendo realizado exposições próprias e contribuído com seu acervo
para outros curadores.
Nosso guardião de memórias, em fevereiro deste ano, também lançou seu primeiro livro. E a trama não poderia ser outra, senão um romance histórico que se passa na Quixeramobim do início do século XX. Nas 102 páginas de “Eulália”, Eduardo Coutinho desenvolve uma história inusitada e envolvente, daquelas de ler devorando.
Em entrevista à Academia Quixeramobiense de Letras, Ciências e Artes (AQUILETRAS), o autor fala de suas facetas, que o levam a transitar por diferentes formas de expressão. O bate-papo é conduzido pela acadêmica Gabrielly Frutuoso.
quarta-feira, 21 de agosto de 2024
ENTREVISTA: livro de Marum Simão terá 2ª edição - João Bosco Fernandes está a frente do projeto
A redação
da Academia Quixeramobinense de Letras, Ciências e Artes (Aquiletras)
entrevistou o seu membro-fundador, Prof. João Bosco Fernandes Mendes, ocupante
da cadeira nº 1, cujo patrono é o escritor Manuel de Oliveira Paiva, autor da
lendária obra ‘Dona Guidinha do Poço’. Na pauta está a reedição e ampliação do
livro ‘Quixeramobim – Recompondo a História’, de autoria do também acadêmico
Marum Simão (em memória). A obra teve a primeira edição lançada em 1996. Há alguns
anos, Simão vinha trabalhando para lançar uma segunda edição, no entanto, sua
morte, em julho de 2023, abortou esse plano. João Bosco Fernandes Mendes, amigo
de longa data e parceiro de pesquisa, assumiu o projeto.
‘Quixeramobim – Recompondo a História’ consolidou-se como um dos mais importantes documentos históricos do município. À época de seu lançamento, foi impressa uma tiragem de mil exemplares, que rapidamente foi esgotada, tamanho o relevo da pesquisa de Simão. Hoje, até mesmo em sebos e lojas de raridades é difícil encontrá-la.
Nesta entrevista, conduzida pela acadêmica Gabrielly Frutuoso, Diretora de Relações Públicas e Publicidades da Aquiletras, João Bosco Fernandes revela informações sobre o andamento da obra, fala da relação de amizade com Marum Simão e menciona outras importantes obras para conhecer a história de Quixeramobim.
quarta-feira, 7 de agosto de 2024
Um Museu de Pessoas
Dona Mundinha e Sr. Harding Arquivo: Quixeramobim Histórico |
quinta-feira, 1 de agosto de 2024
Carta-Prefácio
Quixeramobim, 04 de julho de 2023
Querida
Nice Arruda, pax et bonum.
Hoje
pude sentar com sossego e escrever para você. É madrugada e eu estou na minha biblioteca
ouvindo Ode à alegria, da 9º
sinfonia, de Beethoven. Recebi com muito entusiasmo e certa vaidade – tudo é
vaidade – o convite para escrever o prefácio, mas como acho que não sou bom em
prefácios, resolvi escrever uma espécie de carta, ou antes, uma carta-prefácio,
se é que isso existe. Confesso: gosto mais de cartas que de prefácios.
Toda
boa literatura é, no fundo, autobiográfica, disse certa vez Jorge Luis Borges,
e essa foi também a mesma sensação que experimentei ao terminar de ler os
originais de seu novo livro, Os dias que
tive, que li de um fôlego só. Escritas com espontaneidade e simplicidade – mas
uma simplicidade laborada – as suas crônicas são límpidas e atraentes, provocando
inveja e benção no leitor.